30 de jul. de 2014

"No decorrer de sua vida essas mulheres transformaram a imagem que justificava a degradação feminina. Numa reunião, enquanto os homens zombavam da ideia de confiar o voto a mulheres tão indefesas que precisavam de ajuda para subir a uma carruagem ou saltar sobre uma poça de lama, uma orgulhosa feminista chamada Sojourner Truth ergueu seu negro braço:

'Olhem para meu braço! Cavei, plantei, colhi... e não sou mulher? Era capaz de trabalhar e comer tanto quanto um homem - depois que consegui isto - e também suportar o açoite... Tive treze filhos e vi a maioria vendidos como escravos. E quando chorei a noite pela dor que já foi a de minha mãe, ninguém sendo Jesus me ajudou - e não sou mulher?'"


(Mística Feminina - Betty Friedan, p. 84-85)

20 de jun. de 2014

Estava lendo um texto de Heidegger pela segunda vez, para fazer trabalho, e acho magnífico nossa capacidade de entender melhor um texto ao reler depois de um tempo, depois de algumas experiências adquiridas, é o ficar mais sábio na prática. Preciso sempre lembrar disso para estudar, a matéria ficará apaixonante depois de alguns meses.

Ironicamente meu professor citou esse fenômeno também, serviu para eu perceber sobre meu próprio aprendizado ou sobre o que é a vida: esse eterno desenvolver.

Isso tudo me levou ao outro momento, que é melhor ser exposto em outra postagem.

Morada

O aluguel está muito alto. Mais alto que o salário mínimo. Quem recebe o mínimo mora onde? Num lote com mais três casas? Não, barracos, como diz minha mãe.
Quem vive de mínimo não merece ter a visão da rua pela  própria janela, ofuscada  por outros moradores de mínimo. Ofuscada de verdade pelos que não vivem de mínimo, quem vive de algo mais o sugamento da necessidade de outros de ter um teto, mesmo que custe cada vez mais caro.


Enquanto escrevia, na tv saiu:

"direito de se inscrever em projetos habitacionais"
Foi um alívio reencontrar esse blog. Ando meio acuada, engasgada, não me sinto livre para dizer o que penso - como outrora já aconteceu -, queria dizer o que penso, mas me sinto incomodando, sendo incoveniente espalhando esses pensamentos meio conturbados nas redes sociais enquanto aquelas pessoas só querem relaxar e ver graça da vida, além de quando odeiam o que digo. Que bom poder falar.

Acho que esse é o melhor reencontro do ano.