23 de abr. de 2011

“Na primeira noite eles se aproximam 
roubam uma flor 
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem : 
pisam as flores, 
matam nosso cão, 
e não dizemos nada.
Até que um dia
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa, 
rouba-nos a luz, e, 
conhecendo o nosso medo 
arranca-nos a voz da garganta.
E já não dizemos nada.”